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Video Game virou esporte?

  • Pedro Rocha
  • 11 de mar. de 2017
  • 3 min de leitura

A criação dos videogames foi um grande marco dentro da indústria de entretenimento e do mundo em geral. Começando como um simples passatempo, os videogames vieram a se tornar muito mais complexos com o tempo. Chegamos a um ponto de tamanha complexidade dentro dos games que não é mais possível considerá-los como simples atividades para matar o tempo. Assim, jogos eletrônicos passaram a ser palcos de competições sérias, com milhões de fãs mundialmente, torcendo pela vitória de times ou jogadores específicos. Essa forma de se visualizar o jogo ficou conhecida como eSport ou cyber-esporte.

Para alguém que nunca teve contato com o gênero, pode ser um pouco complexo abstrair videogames como competições semelhantes a esportes. Apesar de muitas pessoas não terem um contato forte com esse lado dos jogos, no ano de 2016, a indústria de videogames arrecadou cerca de US$ 91 bilhões, com grande parte desse valor se devendo a eventos de eSport. Mas como será que funciona esse cenário competitivo que consegue ser tão rentável?

(Imagem do Campeonato Mundial de League of Legends de 2016)

Fonte: http://eletroesporte.com.br/wp-content/uploads/2016/09/skt-trofeu-1.jpg


As produtoras de games com cenários competitivos ativos arrecadam dinheiro da criação de campeonatos e do marketing por trás disso. Existem muitos jogos com grandes cenários dentro dos cyber-esportes, como o League of Legends. O Campeonato Brasileiro de League of Legends (CBlol) terá, em 2017, uma premiação totalizando R$200 mil por fase! Isso sendo somente no Campeonato Brasileiro. Enquanto isso, o mundial terá a premiação de US$2,13 milhões, distribuídos entre os 16 melhores times. Esses campeonatos, juntamente a compras dentro do jogo e outros campeonatos menores, geraram à produtora do jogo, Riot Games, cerca de US$ 150 milhões, mensalmente.


Outros jogos com grandes cenários competitivos são: Overwatch (que arrecadou US$585,6 milhões em 2016); Dota 2 (US$278,4 milhões); Counter-Strike: Global Offensive (US$257,2 milhões). Além de os cyber-esportes serem um negócio extremamente lucrativo, eles acabam gerando celebridades, dentro do mundo dos games, as quais influenciam bastante os jogos, e não só eles, mas também o mundo real. Um grande exemplo disso é o brasileiro Felipe “brTT” Gonçalves, jogador profissional de League of Legends, que, graças à fama que obteve no jogo, criou a marca de roupas Rexpeita. O jogador se utilizou de um bordão que ele sempre repetia em campeonatos e vídeos, gritando para seus oponentes o “rexpeitarem”. Graças à fama do comentário, ele criou a marca. Hoje, além de jogador, Felipe é empresário e desfruta de uma legião de fãs.

(Felipe “brTT” Gonçalves, vestindo um casaco da própria marca)

Fonte: https://www.rexpeita.com.br/image/data/crew/_0000_brtt-grande.jpg

Nossa nação já possui grande representação internacional em muitos games, principalmente em Counter-Strike: Global Offensive, em que o time da “SK Gaming” possui uma composição inteira de brasileiros, os quais são celebridades reconhecidas em todo o globo e possuem dois títulos mundiais no currículo.

Não obstante a isso, existem outros games em que o Brasil não possui grande voz no cenário internacional. Isso se dá pelo fato de nossa nação ter dificuldades em aceitar os jogadores que disputam campeonatos como profissionais. Esse fato acaba atrapalhando também a contratação de jogadores de fora do Brasil pela dificuldade da obtenção do visto trabalhista. Muitos jogadores que vieram de fora acabam tendo seus contratos com tempo reduzido, pela dificuldade de permanência no país. Por esse motivo, os fãs acabam se decepcionando com esse tipo de situação, com vários jogadores que vieram de fora e cativaram os telespectadores, mas acabaram tendo que voltar às suas nações.

No ano passado, o jogo que ganhou a premiação de melhor do ano – o jogo Overwatch –, apesar de ser muito suscetível a um cenário competitivo, teve grande dificuldade de se instalar no Brasil como eSport, justamente pelas dificuldades que o país tem em formalizar as profissões ligadas a jogos. A despeito disso, o cenário de cyber-esportes no Brasil ainda vem crescendo. Esse ano o Brasil sediará um grande evento internacional de League of Legends, o Mid Season Invitational – ou MSI – que contará com a presença dos melhores times do mundo em uma disputa conhecida como um campeonato mundial fora de temporada.

Além do MSI, haverá muitos eventos de games, não só no Brasil, disponíveis a quem quiser aproveitar. O ano de 2017 contará ainda com o final de diversos campeonatos regionais de League of Legends, Counter Strike, Dota 2, Overwatch e muitos outros games. O Campeonato Mundial de League of Legends é um dos únicos que já possui data marcada, de 23 de setembro a 4 de novembro.O The International (de Dota 2) de 8 a , a Copa Mundial de Overwatch e o Mundial de Counter Strike ainda não possuem data marcada. O ano de 2017 trará muitas emoções no crescente cenário de eSports. Para mais informações sobre jogos específicos, é possível acessar os sites dos próprios games e conferir a sessão de cyber-esportes.

(SK Gaming, campeã mundial de Counter Strike Global Offensive em 2016)

Fonte: https://jovemnerd.com.br/wp-content/uploads/2016/07/SKGaming_campea-760x428.jpg


 
 
 

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