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A anatomia do sentir

  • Nadine A. Bowen
  • 14 de abr. de 2017
  • 2 min de leitura

Sabe-se, desde os primórdios, que o sentimento não tem forma, não tem cor nem cheiro. Filósofos tentaram explicar; dizem por aí que “Freud explica”. Mas, de fato, quem tem razão mesmo é Drummond, que dizia: “Se você sabe explicar o que sente, não ama, pois o amor foge de todas as explicações possíveis”. Essa é realmente uma das afirmações com que eu mais me identifico.

A sociedade cobra de nós uma definição palpável do amor, seja escrita em um papel, cantada, falada ou encenada. Mas o fato é: o amor se sente. Costumo associar o amor ao princípio de Lavoisier : “Nada se cria, tudo se transforma”. Isso é o amor, saber o que sente, mas muitas vezes não saber expressar; você não cria uma anatomia para o amor, você o transforma/demonstra por meio de atitudes ou eventos. O lembrar de alguém traz para o interior do interior aquele ardor inexplicável, inevitável.

Por muitos anos, a humanidade tentou entender a divergência entre saber e sentir. Uns dizem ser hormônios; outros, espiritualidade. O que põe qualquer um a se questionar, de fato, é o medo; o medo do que esse sentir pode vir a causar à alma; a covardia do sofrimento, a abstinência da felicidade.

Os matutinos de lua virão e a aurora da vida será passageira, mas saiba que, se tiveres um amor para caminhar junto a ti, o teu coração andará levemente entre as brisas do paraíso. Digo amor, mas não restrinjo qual. Talvez, o amor próprio te leve ainda mais longe, te complete, mas por que não transbordar? A vida é como um sopro: segure e assobie, como se não houvesse limites para o sentir. Amor, algo tão variável, tão diverso, tão... inefável.


Imagem retirada do pinterest.


 
 
 

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