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Minimalismo

  • Luiza Marqueto
  • 30 de jul. de 2017
  • 3 min de leitura

O consumo exacerbado e o culto ao material são aspectos muito presentes na atual geração. A mídia está a todo momento nos bombardeando com propagandas de produtos que nos ”farão felizes”, darão bem estar ou nos encaixaram em determinado grupo social. Com o passar do tempo, essas mercadorias passaram a ser vistas não unicamente como bens materiais, mas como símbolos de poder e sucesso.

No entanto, quando utilizamos bens materiais para satisfazer expectativas pessoais ou sociais acabamos nos encontrando em um ciclo vicioso de compra e prazer. Assim, muitas vezes, para conquistar esses bens, temos que nos colocar em situações difíceis como: fazer hora extra, aumentar o ritmo produção ou arrumar outro emprego. Enfim, nos submetemos a condições de alto stress e desconforto para conseguir coisas que nos satisfarão por um curto período de tempo e que, na maioria das vezes, o desgaste que passamos para consegui-las não compensa.

Nesse contexto, surgiu uma filosofia de vida chamada minimalismo que, ao meu ver, tem o intuito de discernir o que realmente queremos do que é imposto. Se começarmos a perceber, veremos que a maioria das coisas que está ao nosso redor não tem utilidade efetiva para nossas vidas e só estavam ali ocupando espaço, enchendo o ambiente e trazendo mais informação para nossas mente. Entre esses objetos estão cadernos e livros escolares antigos, roupas e sapatos que não servem mais, revistas, CDs que não ouvimos mais, além das outras coisas que guardamos em várias caixas e deixamos naquele quarto de tranqueiras que ninguém vai. Talvez a princípio, tenhamos o intuito de guardar esse objetos como forma de recordação, mas a verdade é que nos esquecemos deles na maior parte das vezes, e com isso eles acabam perdendo sua utilidade, pois como vamos usar um objeto como recordação se nem lembramos que ele existe ?

Basicamente, o minimalismo consiste em ter tudo o que temos com um propósito ou que nos faça feliz, por exemplo, se tivermos vários livros na estante e gostamos de ter essa coleção não é necessário doar ou vender apenas porque adotou o minimalismo, se te faz feliz mantenha. Contudo, vale considerar o valor que damos a objetos e o quanto somos apegados a eles. Outro exemplo seria de uma pessoas que tem que viajar todos os dias para outra cidade para trabalhar, essa pessoa não precisa abdicar do carro e do conforto que tem por causa da filosofia, pois o carro é um instrumento de trabalho que melhora sua vida em vários aspectos. É muito importante lembrarmos sempre que o minimalismo não é sobre sacrifício e sim para mostrar um caminho mais claro para felicidade.

Tornar-se minimalista se trata de um processo lento e individual, não existe um passo a passo. Geralmente, as pessoas começam se desfazendo de bens que julgam não necessários para sua vida e essa parte se torna bem interessante porque acabamos "redescobrindo" coisas que tínhamos e não lembrávamos mais. Quando fiz esse processo, o mais engraçado foi a quantidade de material escolar que achei! Era impressionante, porque todos os anos eu comprava mais réguas, mais tesouras e mais cola e na metade do ano achava que tinha perdido tudo, mas acabei descobrindo que na verdade tudo estava "perdido" em diferentes gavetas.

Enfim, se o minimalismo pudesse ser descrito em três palavras seriam: rever, desapegar e perceber. A última, na minha opinião, a mais importante, uma vez que é fundamental que possamos perceber o que realmente importa, o que é essencial para nossa felicidade e do que passamos por cima para conseguir o que queremos. "Ame as pessoas e use as coisas, pois o ao contrário nunca da certo" Minimalismo, o documentário.


 
 
 

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