Acesso à cultura
- Beatriz Lima
- 16 de set. de 2017
- 2 min de leitura

Hodiernamente, muitas pessoas não frequentam ou, até mesmo, nunca foram a bibliotecas, a exposições de arte, ao teatro ou, até mesmo, ao cinema. Esse não acesso à produção cultural deve-se à falta de dinheiro, à falta de interesse ou à falta de conhecimento, educação e incentivo.
De acordo com o IBGE, apenas 23,4% dos municípios brasileiros possuem teatros ou salas de espetáculos, 37% possuem centro cultural, 10,4% possuem cinema e somente 4,7% possuem galeria de arte. Esses baixos percentuais podem ser explicados pelo descaso do Estado que, muitas vezes, pela ganância deixa de investir em educação de qualidade – o que facilita a compreensão de produções culturais e estimula o senso crítico – para investir em bens pessoais. Apesar de 97% dos municípios nacionais terem bibliotecas públicas, essas têm pouco movimento, pois muitas pessoas não sabem ler ou não têm interesse na leitura.
Outro fator que contribui para a dificuldade de acesso às produções culturais é o preço dos ingressos para assistir a uma peça de teatro ou a um filme, o preço de um livro, de um CD ou de um DVD. As pessoas de classes mais baixas – C, D e E –, malgrado terem interesse em ir a um desses eventos ou comprarem alguns desses itens, não conseguem, pois o valor imposto pelas lojas é inacessível para essas.
Caminhos para a democratização do acesso á cultura são: a imposição de ingressos de programas culturais mais baratos para as classes mais baixas; o incentivo e a valorização à cultura brasileira nas escolas, nas rádios e nas mídias sociais; o investimento na construção de centros culturais, com cinemas, galerias de arte, peças de teatro. Assim, gradativamente, todos os municípios brasileiros e a população brasileira terão acesso à sua cultura, essa que é tão rica e vasta.
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