Entenda mais sobre o terrorismo
- Ana Beatriz Souza
- 16 de set. de 2017
- 3 min de leitura
O uso da violência para o controle de populações e domínio de países é empregado desde o início da civilização humana. Nos últimos anos, uma nova forma de tentativa de imposição de ideais surgiu: o terrorismo. O ataque de 11 de setembro de 2001, em nova York, foi considerado impulsionador para a definição desse conceito. O terrorismo é dominação pelo terror, protesto violentos que visam pressionar e coagir governos para impor seus ideais e cujo fim é semear o medo. Essas ações violentas podem tanto ter cunho religioso, quanto político ou social e ser feitas tanto por um pequeno grupo ou por uma população inteira.

Ataque Às torres gêmeas, em Nova York, Estados Unidos, em 11 de setembro de 2001
Devido aos atuais ataques, o terrorismo ficou fortemente associado a religião Islâmica, fator que gerou um aumento no preconceito relacionado a essa religião, tornando se necessário que nesse momento crítico seja intensificado o combate a Islamofobia. Essa generalização de que todo muçulmano é terrorista está totalmente equivocada, sendo que grande parte das pessoas de religião islâmica repudiam as práticas terrorista, afirmando que elas não representam o Islã.
Há diversas causas para essas ações de violência, como o fanatismo religioso-como o Estado Islâmico-, conflitos pelo território- como o ETA- e o desagrado pelo governo. Pode-se saber as motivações iniciais, mas nunca sabe-se como essas agressões iraõ terminar.
Existem mais de 100 grupos terroristas ao redor do mundo, sendo os mais conhecidos o Estado Islâmico, um grupo islâmico jihadista com mais de 30.000 soldados e mais de 2 bilhões de dólares em dinheiro, jóias, petróleo e outros, responsável por grande parte dos mais recentes ataques, e o Al Qaeda, grupo que luta para destruir a presença ocidental em Países Islâmicos, identificado como responsável pelos ataques do 11 de setembro. Existem também grupos menores, como o LRA (Lord’s Resistency Army), grupo de cristãos fundamentalistas, responsável por milhares de sequestros na África e o Jemaah Islamiyah, adicionado à lista da ONU de organizações terroristas em 2002, atuante no sudeste da Ásia e responsável pelas explosões em Bali em 2002.

Homem segurando a bandeira do Estado Islâmico
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A série de ataques terroristas ocorrida nos últimos tempos a países de destaques mundiais, como por exemplo a Inglaterra e a França, fez com que esse assunto fosse muito mais discutido e levado em relevância, principalmente devido as ameaças a grandes potências e o sentimento de medo sentindo pela população mundial. Um problema é que o terrorismo só ganhou seu devido destaque quando começou a afetar diretamente países de grande influência. Milhares de ataques relacionados com o terrorismo ocorrem todos os anos em países em desenvolvimento.
O terrorismo na África é o que mais mata no mundo. O Global Terrorism Index 2015, feito pelo instituto para a Economia e Paz (IEP), sediado na Austrália, mostra que o terrorismo continua “muito concentrado”, com 78% das mortes em 2014 registradas em apenas cinco países- Afeganistão, Iraque, Nigéria, Paquistão e Síria. O principal grupo que atua nessas regiões é o Boko Haram, maior grupo terrorista do mundo, sendo responsável por mais de 6664 mortes.

Os últimos anos foram anos de destaque para o debate sobre terrorismo devido aos chocantes e recorrentes ataques. A França já sofreu 14 ataques desde 2015, como por exemplo o do dia 14 de julho de 2016, no qual um homem dirigindo um caminhão atropelou uma multidão que comemorava o Dia da Bastilha em Nice, matando 84 pessoas e ferindo mais de 330. Outro alvo visado é a Inglaterra, que recentemente sofreu um ataque no show da cantora Ariana Grande, em que uma explosão matou 22 pessoas e feriu outras 59. Entre os feridos e mortos há muitas crianças que assistiam ao show.
Grande parte do ódio de grupos terroristas em relação aos países desenvolvidos como EUA, Inglaterra, Alemanha e França é devido ao histórico de guerras e de destruição causadas por esses países nos países de origem desses grupos, gerando um sentimento horrendo de revanche e de profunda raiva.
O terrorismo é uma prática inaceitável. O fanatismo e extremismo religioso e político, principalmente se ligados a disseminação de seus ideais a qualquer custo, se tornam impulsionadores de ações agressivas e devem ser combatidos. O debate sobre o tema e a junção de forças mundiais é necessário para o combate ao terrorismo. Com a tecnologia que possuímos e o momento em que vivemos essa é a hora ideal para dar um fim a essas práticas.
Para entender um pouco mais sobre o terrorismo, aqui está um curto vídeo:
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