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Disseminação do horror midiático: Banalização ou forma de sensibilização?

  • Mirian Eugênia
  • 1 de nov. de 2017
  • 1 min de leitura

Em 1972, durante a guerra fria, foi compartilhada ao mundo imagens de três crianças vietnamitas atingidas pela bomba norte-americana “napalm”. Tais imagens provocaram sensibilização da sociedade, no entanto, como sabiamente analisou o sociólogo Zygmunt Bauman, com o advento midiático, as emoções e sentimentos, inclusive a indignação, tornaram-se meras expressões passivas e efêmeras do ser humano.

Em 2003, um editorial elaborado pela jornalista Susan Sontag, “diante da dor dos outros”, afirma: Tornamo-nos insensíveis. Perdemos a capacidade de nos sensibilizar. No fim, tais imagens apenas nos tornam um pouco menos capazes de sentir, de ter nossa consciência instigada.”

Contudo, a revista Observatório da Imprensa posicionou-se contra a opinião da jornalista ao afirmar que imagens fotográficas chocantes podem servir para propósitos humanitários e manutenção de horrores inomináveis na memória coletiva, dificultando, com isso, a ocorrência de desastres similares. Nesse contexto, é válido questionar: Qual o sentido de exibir essas fotos? Nossa percepção será desgastada pelo bombardeio dessas imagens?

No entanto, nesse viés, é coerente analisar que enquanto o sofrimento alheio constituir apenas como material para publicação, sem a promoção de debates, é evidente que permaneceremos em uma sociedade moral e essencialmente transviada.


 
 
 

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