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Como chegamos a esta crise?

  • Israel Vinnícius
  • 7 de nov. de 2017
  • 2 min de leitura

O Brasil sofre uma grave crise política que interfere em toda a estrutura governamental, atrapalhando toda a funcionalidade conveniente do Estado. Mas tudo isso nos leva a uma pergunta: como chegamos a este ponto? Há quem diga que tais adversidades são resultado da nossa colonização, que, por conseguinte, influenciou a nossa sociedade. Dessa forma, o país mostra-se fraco estruturalmente após vários rounds históricos nesta luta entre a corrupção e a democracia.

Ao analisarmos uma linha histórica, podemos imputar a culpa de nosso insucesso político a Portugal. Como não havia nenhuma escola de ensino superior em território brasileiro, a metrópole atribuía aos “mais chegados” os cargos mais importantes da colônia – prática que hoje é conhecida como nepotismo, uma das formas de corrupção mais conhecidas da coroa portuguesa. Porém, após quase dois séculos da independência do Brasil, vemos casos como os do ex-governador do Maranhão Jackson Kepler Lago (PDT), que tinha empregado 23 parentes e contraparentes em cargos públicos.

De acordo com o ranking de competitividade, que avalia infraestrutura, eficiência do mercado de trabalho e inovação tecnológica dos países, o Brasil encontra-se na 81ª posição entre 138 países, enquanto que os fundos atribuídos ao PAC 2, programa de investimentos criados a fim de melhorar a infraestrutura, giram em torno de R$ 1 trilhão de reais. Dessa forma, conseguimos depreender como a corrupção lesa-nos e atrapalha uma melhoria na qualidade de vida, no florescimento econômico e no desenvolvimento consumado em todos os estratos da administração pública.

Hodiernamente, veem-se, todos os dias, nos noticiários, atualizações sobre as operações Lava-Jato, Calicute, Carne Fraca, Panatenaico, o que assusta a população com os números. Todas estas envolvem políticos de vários partidos e mostram o atrelamento da democracia com a corrupção, as quais podem ser figuradas como o sapo e o escorpião, já que, como no conto, o animal peçonhento acaba com o anfíbio, mesmo sabendo que, assim, tal ação desembocará no seu fim.

Em virtude disso, é inegável a contradição da 9° maior economia do mundo não ter hospitais, apresentando uma infraestrutura sucateada, uma segurança pública inexistente e uma educação precária. No entanto é claro que tais problemas são causados pela corrupção que somente acabará com uma conscientização da população desde a infância e um combate intensivo a tal prática, que parece culturalmente construída no Brasil.


 
 
 

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