O Lixo no Brasil
- Izabela Kathrin Rocha
- 7 de nov. de 2017
- 2 min de leitura

O lixo corresponde a todos os resíduos gerados pelas atividades humanas que são considerados sem utilidade e que entraram em desuso. Ele pode ser classificado como: orgânico (resto de alimento, folhas, papel, madeira); inorgânico, que pode ser reciclável ou não (plásticos, metais, vidros); tóxico (pilhas, baterias); e altamente tóxico (nuclear e hospitalar).
A questão do lixo está diretamente ligada ao nosso modo de vida. O consumo muitas vezes é desnecessário e a população cresceu consideravelmente. Com os avanços da medicina, a estimativa de vida aumenta muito e, com o atual sistema do incentivo de consumo no Brasil, o lixo está sendo gerado em quantidades exorbitantes.
O Brasil produz cerca de inacreditáveis 250 mil toneladas de lixo diariamente, sendo São Paulo a cidade que mais produz lixo por dia: cerca de 19 mil toneladas, das quais 52% são de lixo orgânico; 26% de papel e papelão; 3% de plásticos; 2% de metais; 2% de vidros; e 15% que compõem outros tipos de lixo.
Com a enorme produção de lixo, o destino de tais materiais também é um problema. No Brasil os lixões são o destino de 20% de todo o lixo, porém o Senado decidiu que todos os municípios que tivessem um desses lixões a céu aberto deveriam parar de enviar resíduos para lá. O prazo para tal medida venceu há um ano, mas 1.500 municípios continuam com essa prática. A capital brasileira, por exemplo, possui o maior lixão a céu aberto da América Latina, o lixão da Estrutural, que fica a 15 km do Congresso, do Palácio do Planalto e do local de tomadas de decisão mais importantes do país.
De todo esse lixo, o maior problema está nas garrafas PET, pois apenas 55% são recicladas. Já as latinhas têm bom índice de reciclagem. No Brasil, existe o maior número de catadores de latinha do mundo, o que se mostra em resultados, visto que cerca de 97% delas estão sendo devidamente recicladas.
Além de tudo isso, o lixo é transmissor de várias doenças, e os mais afetados são aqueles que, por não terem condições de mudar de vida, vivem nos próprios lixões e é de lá que tiram seu sustento diário. O governo deve ajudar e auxiliar essas pessoas, pois estão sendo submetidas a uma vida desumana. Muitas crianças morrem com poucos meses de vida, além de os lixões serem um lugar em que o chorume deixa o solo impróprio para cultivo e atinge também os lençóis freáticos, contaminando a água.
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